Autor: Eleonor Hertzog
Editora: Letra Impressa
Avaliação: 5 estrelas
E se você descobrisse que a Terra guarda grandes segredos? E se esses segredos fossem poderosos o suficiente para modificar o rumo de nossas vidas? Laços se estreitam, conflitos irrompem. Erros foram cometidos e o tempo está acabando. Nada é o que parece ser. Segredos emergem de Casas e Linhagens. Peggy corre grandes riscos e as consequências das próximas decisões podem colocar tudo em jogo. Os Melbourne mais uma vez terão que provar sua capacidade de resolver problemas. As consequências de cada decisão afetarão o Universo inteiro. Caberá apenas a Uma geração... Todas as decisões!
O primeiro livro da série também foi resenhado aqui no blog e você pode visualizá-lo neste link.
Bom, o segundo livro esclareceu e, ao mesmo tempo, me deixou extremamente curiosa sobre muitos pontos. Primeiramente, achei que Linhagens deu um destaque merecido a outra parte da história, já que enfoca mais propriamente conflitos de Tarilian do que da Terra, desencadeados por confusões na própria Terra.
Desde o começo o livro te prende, já que este já se inicia em um grande perigo para a tripulação do Cisne, nesse momento confesso que esperei que o livro seria apenas em torno do Cisne e tal, mas aí vários acontecimentos encadeados te levam a um extremo totalmente inesperado, há um enfoque maior em Peggy e em Peter, esta primeira eu acredito que seja o "elo" principal do livro.
Senti falta apenas da alegria e espontaneidade do Tim, mas entendo que a participação dele nessa parte ficaria deslocada. Nem preciso dizer que estou muito curiosa para saber como será em Champ-Bleux, porque eles separados já são um problemão, imagine todos juntos! Daí só faltaria o Peter para arrebentar tudo logo kkkk
Como o próprio Henry cita a turma do treinamento "paspalhos", acho que eles meio que começaram a pensar e acordar pra vida, exigir as respostas que os pais super-controladores cismam em não dar, o que é meio sufocante, como já falei na resenha de Cisne, anteriormente. É gratificante e animador vê-los tomando responsabilidades.
No primeiro livro, achava que Peter estava entre Peggy e Tim, por isso não gostava muito dele, mas Linhagens me deu a oportunidade de me encantar por mais esse personagem que na verdade é um grande fofo! Mas meu coração ainda tem espaço pro Tim, óbvio.
O mais interessante é que apesar deste livro ser menor que Cisne e ainda não ter chegado em Champ-Bleux, a autora em momento nenhum abandona os outros personagens da trama, aqueles que vão ingressar em Champ-Bleux além dos Melbournes e de Peggy, o que são umas quebras em interessantes na linha de acontecimentos, onde você respira um pouco e pode começar a encaixar as peças.
O personagem que mais me revoltei nesse livro foi Robert, ele me irritou muito com todos aqueles chiliques e eu sou o senhor de Merine, blablablá, quero saber de tudo, todos estão me enganando. Mas no final até que deu para perdoá-lo parcialmente.
É totalmente encantador ver o desenvolvimento da autora e de seus personagens, que apesar de pouco tempo passado entre um livro e outro, já demonstram perfeitamente as diferenças como amadurecimento, tomada de decisões (isso é realmente bem frisado o tempo inteiro). Linhagens apresenta também mais ação do início ao fim, trazendo muitas notícias impactantes, de verdade. Nessa parte se inclui o final, que diga-se de passagem, que final! Estou aqui me roendo pelo próximo, sendo que Linhagens mal foi lançado.
Finalizo deixando meus elogios à Eleonor, que é uma escritora brasileira de primeira linha, com uma imaginação extremamente fértil que consegue te encantar e te prender da primeira até a última página e ainda por cima é cativante. Depois que eu lia mais uma folha ia dormir pensando "o que vai acontecer com a Peggy? Porque nunca dão valor ao que o Henry fala, se tão cansados de saber que ele é que está certo?" e coisas do tipo.