Resenhando: A Menina que Roubava Livros

“ Quando a morte  conta uma história você deve parar para ler”

     Narrado pela Morte na Alemanha nazista  A menina que roubava livros conta a história de Liesel Meminger, uma menina diferente que encanta e emociona  e faz com que a Morte se interesse por ela a ponto de contar a sua história,  uma história de drama, amizade, humanidade, companherismo, amor e guerra.

“Arrasada, mas de algum modo , não desfeita em pedaços”

      Desde o início da vida de Liesel na rua Himmel ela precisou achar formas de se convencer do sentido da sua existência. Horas depois de ver seu irmão morrer no colo da mãe, a menina foi adotada pelo casal Hans e Rosa Hubermann, um pintor desempregado e uma dona de casa rabugenta. Ao chegar na nova casa, trazia escondido na mala um livro, "O Manual do Coveiro”, livro roubado no enterro do irmão, esse seria o primeiro de vários que Liesel roubaria nos anos seguintes.

      A sensibilidade de Mark Zusak  em escrever uma história tão tocante, leve e ao mesmo tempo, tão carregada de significados e emoções. Os personagens são intensos e bem escritos  ( além de Liesel outro personagem que me chamou atenção foi Rudy  que logo me cativou nas suas primeiras aparições) além de retratar não somente a perseguição aos judeos mas também a vida dos alemães de classe baixa.

“No começo, Liesel não conseguiu dizer nada. Talvez fosse a turbulência do amor que sentiu por ele. Ou será que sempre o tinha amado? Era provável. Impedida como estava de falar, desejou que ele a beijasse. Quis que ele a arrastasse sua mão e a puxasse para si. Não importava onde a beijasse. Na boca, no pescoço, na face. Sua pele estava vazia para o beijo, esperando.”

   

Título: A Menina que Roubava Livros

Autor: Markus Zusak

Editora: Intrínseca

Avaliação: 5 estrelas